segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

CANTO REBELDE
Sou pássaro sem asas,
De vôo anulado,
Sem tiros, abatido,
Sem algemas, algemado.

Sou pássaro sem asas,
Solitário, no escuro,
Sem réstia de sol, sem azul,
Sem presente nem futuro.

Sou pássaro sem esperança,
Mas um trunfo posso jogar,
Um pássaro, mesmo sem asas,
Ainda pode cantar.

E canto, bem alto canto canto!
Mesmo pra quem não quer escutar,
Pois a razão de todo este pranto
É a tristeza de não poder voar.

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