quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Trança de Estrelas

                                

    TRANÇA DE ESTRELAS

Eu trancei estrelas nos meus cabelos
Para te encontrar.
Só a luz das estrelas pode avançar
Sobre a bruma que nos separa.
Estamos em planos diferentes.
Dimensões paralelas que se encontram
No Infinito.
Agora entendo a nostalgia
Habitante de minha alma, desde menina.
Agora sei porque olhei as estrelas
Por tantas e tantas noites
Em vão.
Em vão estive em tantos abraços
Afaguei tantas mãos e faces
Provei o sabor de muitos beijos
Mas nada preencheu meu peito vazio.
Eu vim só... Eu vim só!
E por mais que tenha gente à minha volta,
Estou sempre só.
Por mais que eu procure,
Ainda estarei só.
Eu trancei estrelas nos meus cabelos
Para te encontrar.
E a luz delas avançou sobre a bruma
Que nos separa.
E então vi teu coração
Pulsando ao me aproximar.
Não havia mais sombra nem solidão.
Só a luz das estrelas e um amor
Cheio de compaixão.
Amor sem medo, afetuoso
Sintonia de almas que se completam.
Eu vim só.
Era a minha vez, a minha falta,
A minha luta, a oportunidade,
Quem sabe, a minha vitória.
Estás sempre por perto, eu sei.
Pressinto a tua presença,
Adivinho o teu pensamento.
A luz das estrelas traz-me essa certeza.
Mas há noites sem estrelas!
Para uma alma só,
São tão longas e tristes
As noites sem estrelas...


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Saudade de um amigo

Pensei em te escrever esta noite, amigo,
Para compensar a falta que você me faz.
Como Neruda, digo eu agora
"Puedo escribir los versos más tristes esta noche" ...
Talvez porque o inverno chegou
E faz frio em minha alma...
Talvez porque sou só 
E a solidão pode ser total...
Talvez porque a falta de compreensão 
Me faz infeliz...
Você é um sonho
E de sonhos também se vive.
Talvez seja o meu último sonho,
E esta a minha última noite
E quem sabe minha derradeira tristeza...
Certo é, que seu ombro faz falta para o meu pranto,
Suas palavras me trariam alívio
E suas mãos saberiam apertar as minhas
Com força de amigo.

Saudade

És tu quem no peito me bole,
Saudade, meu champanhe borbulhante
Que me embriaga num só gole,
Que deixa tão aéreo meu semblante.

És tu o meu mal sem remédio
Nas noites frias, eu pensativa;
Nos meus momentos de tédio
Tu és a minha derradeira amiga.

Saudades: bebida doce e amarga
Quando doce, quem a larga?
Amarga, ninguém a quer beber.

És, saudade, um doce morrer,
Um querer mais, um suave sofrimento
Que o meu peito quer e recusa ao mesmo tempo.


Soneto do Amor Romântico

A tua voz tem suaves acordes de luz
Que iluminam os túneis da minha audição 
O teu corpo tem toques macios
Que fazem tremer o meu de emoção.

Quando nos meus braços te estreito
Querendo talvez não te deixar fugir
Sinto que a vida salta do meu peito
Como ave que para o céu quer partir.

Que fizesse parar o mundo
Quisera eu pedir a Deus, quisera
E até o tempo que a tudo passa.

Que me desse a mais um só segundo
Para eu viver minha terna quimera
Antes que ela se torne fumaça.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Aventura

Trago nuvens nas mãos para te acariciar
O meu corpo é morno oceano onde podes mergulhar
Fita os meus olhos:
Dentro deles encontras a paz que só eu posso te dar.
No vale dos meus seios,
O coração canta um doce marulhar.
Que esperas para me escutar?
O meu ventre sabe os mistérios da vida
Para te ensinar.
O que precisas pra me navegar?
Deuses do mar farão o meu leste,
O teu oeste encontrar.
Vem!
Doce desejo me trará o teu olhar.
Derrama tua paixão neste mar sereno
Que tem mil estórias de amor
Para te amar.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Elo Perdido

Em que momento eu te perdi
Eu, que te quero tanto e mais
Em que atalho da eternidade
Pois ao meu lado não estás

Eu te amo e és parte de mim
Estrela fugidia cujo brilho cintila
No breu da minha alma

Eu não te tenho, sim
Mas és meu, de meu peito
De minha ânsia infinita de amor
E eu... Te amo até meu fim.