Saudade, meu champanhe borbulhante
Que me embriaga num só gole,
Que deixa tão aéreo meu semblante.
És tu o meu mal sem remédio
Nas noites frias, eu pensativa;
Nos meus momentos de tédio
Tu és a minha derradeira amiga.
Saudades: bebida doce e amarga
Quando doce, quem a larga?
Amarga, ninguém a quer beber.
És, saudade, um doce morrer,
Um querer mais, um suave sofrimento
Que o meu peito quer e recusa ao mesmo tempo.
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