segunda-feira, 6 de junho de 2016

ESFINGE



Você pode me olhar e não me ver,
Pode me tocar e nada saber,
Do meu calor ou da minha frieza.
Pode fitar meus olhos.
Mas...e se eu os fechar?
Pode ouvir minha voz.
Mas e se eu a falsear?
Como descobrir minha natureza?
Pode ser até que você queira
E até mesmo implore.
Esperta, eu sou esfinge.
Qualquer descuido e
Talvez eu lhe devore.
Mas se você me ler...
Então tudo muda.
Sentirá minha alma desnuda,
Essência pura, despudorada,

Ilha recôndita, enfim desbravada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário